Sindaema

Sobre nós

Conheça nosso Sindicato

 

A história do movimento sindical dos trabalhadores do saneamento teve início em 06 de janeiro de 1962, quando um grupo de trabalhadores do Departamento de Água e Esgoto do Espírito Santo decidiu criar a Associação dos Trabalhadores em Água e Esgoto do Estado do Espírito Santo. Em 15 de junho de 1963, eles conquistaram a carta sindical nº 115669/63 e a Associação se transformou em Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Purificação de Água do Estado do Espírito Santo (STIPDASEEES).

Nossa história

 

O Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado do Espírito Santo (Sindaema) atua desde 1963 em defesa da universalização do atendimento de saneamento básico com tarifas justas e contra a privatização do setor de saneamento.Com mais de 1.600 associados, entre trabalhadores da Cesan e de algumas terceirizadas, dos SAAEs (Serviços Municipais de Água e Esgoto), de empresas das parcerias público privadas (Serra Ambiental e Vila Velha Ambiental) e da concessionária de Cachoeiro de Itapemirim BRK.

Linha do Tempo

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A primeira década do sindicato foi marcada por fatos que tinham maior relevância simbólica do que política ou sindical. Nessa fase, um personagem, em especial, tem destaque: o Seu Silvio, pioneiro antes mesmo de o sindicato ser oficializado e ainda ser chamado de associação.

1963-1973

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Durante a fase mais repressora da ditadura militar, o sindicato teve sua atuação limitada pela censura. Essa década é um período de atuação restrita e páginas em branco.

1973-1984

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A partir dos anos 80, o panorama do movimento sindical começa a mudar com o processo de redemocratização do País. O Sindaema participou ativamente dessa luta e uma das principais ações foi o rompimento do sindicato com a estrutura paternalista que a concessionária de água Cesan mantinha com a entidade.

​Com isso, em 1988, por exemplo, por meio do Sindaema, os trabalhadores conseguiram vários benefícios, entre eles o adicional por periculosidade, direito ao horário de almoço e tíquete-refeição. Sem a subvenção da Cesan e com total liberdade, agora era possível negociar com maior autonomia. Os dirigentes começaram então um intenso movimento para adesão dos trabalhadores ao sindicato, visitando também o interior do Estado. O sindicato havia deixado de ser de estrutura para se tornar um sindicato de base. As decisões começaram a ser tomadas, depois de os trabalhadores serem consultados: estava implantada uma visão classista. Assim, o sindicato também começou a ganhar a credibilidade dos trabalhadores.

Greve histórica: em 1987, o Sindaema esteve à frente da primeira greve dos trabalhadores da Cesan. Foi um movimento casado ao dos trabalhadores do setor elétrico. O lema era “De dia, falta água. De noite, falta luz”. Era a administração do então governador Max Mauro. Do movimento, as conquistas mais marcantes foram o reajuste salarial e a gratificação por férias; maiores conquistas para os trabalhadores desde a fundação do sindicato.

Antes do fim da primeira década, em 1992, tiveram início os seminários de capacitação para os trabalhadores da Cesan. O primeiro teve como tema: “Lata d´água na cabeça”. Eles passaram a ser anuais até 1995. Nesse mesmo ano, ocorreram as discussões para reformulação do Estatuto, incluindo as empresas de água e esgoto do interior do Estado ao sindicato.

Em 1993, o Sindaema filiou-se à CUT e sempre se mantém alinhado com as lutas corporativas da classe trabalhadora e com os enfrentamentos contra qualquer ameaça ou retirada de direitos dos trabalhadores.

No ano seguinte, em 1994, o sindicato foi uma das entidades que questionaram o milionário projeto que prometia despoluir os mananciais do Estado, com 100% de redes de esgoto, o Prodespol. Com R$ 300 milhões em investimentos, o programa criou redes que não tinham ligação com estações de tratamento. O sindicato denunciou o caso ao Ministério Público e o assunto se tornou tema de reportagens em mídia nacional.

​No ano de 1997, o sindicato viria a participar do que pode ser considerada uma de suas maiores lutas ao longo de 50 anos: o processo que quase culminou na privatização da Cesan. O governo do Estado passava por momentos difíceis, sem dinheiro para quitar a folha de pagamento dos servidores. Para isso, contraiu um empréstimo junto ao BNDES, dando como penhora as ações da Cesan.

​O Sindaema iniciou um movimento recolhendo assinaturas para um abaixo-assinado, que chegou a 31 mil assinaturas em oito meses. No Legislativo, tiveram apoio dos então deputados Max Filho e José Otávio Baiôco. O movimento fez nascer o primeiro projeto de lei de iniciativa popular e deu origem à Frente Estadual do Saneamento, responsável por audiências públicas regionais e metropolitanas com o intuito de debater o futuro do saneamento no Estado.

Na antiga sede da Assembleia Legislativa, no Centro de Vitória, foram muitos embates e surgiu a Comissão de Saneamento, presidida pelo então deputado Baiôco. Os frutos foram colhidos com o então governador Paulo Hartung, que pagou a dívida junto ao BNDES e livrou a Cesan da privatização.

1983-1993

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O sindicato participou ativamente de lutas que envolviam não apenas questões ligadas à água, mas toda a sociedade, como o Grito da Terra — lutas do campo e da cidade. Tornou-se, assim, um sindicato cidadão.

Em nível nacional, estamos engajados na campanha contra as Parcerias Público Privadas do Saneamento (PPPs), articulada pela Federação Nacional do Urbanitários (FNU). Localmente, o Sindaema tem dado visibilidade a este movimento em audiências públicas na Assembleia Legislativa, nas Câmaras Municipais, em seminários e por meio de notas à imprensa capixaba.

2003-2013

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2013 até hoje – A luta contra a privatização é diária e tem ganhado força com as últimas tentativas do governo federal de entregar a gestão do sistema para a iniciativa privada. Articulações junto aos trabalhadores com campanhas em redes sociais e nas ruas têm pressionado a bancada capixaba a rever a privatização do saneamento.

2013-

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