O Sindaema alerta que essas demissões não são um caso isolado e estão acontecendo por todo o Brasil. Até o presente momento as informações apuradas apontam para mais de 260 trabalhadores demitidos. Em Cachoeiro de Itapemirim foram 6 (seis) demissões e, só em São Paulo, já são mais de 70 (setenta). Segundo o Presidente do Sindaema, Fábio Giori, especula-se que a empresa deve desligar cerca de 10% dos empregados em todos os seus contratos e corporativo.
No caso de Cachoeiro foram desligados empregados com mais de 30 anos de carreira e alguns eram líderes que gerenciavam processos estratégicos dentro da empresa há mais de uma década.
Em reunião o diretor da empresa em Cachoeiro, Marcos Mendanha, justificou que as demissões são resultado da crise econômica que o país atravessa e de um processo de reestruturação que visa diminuir a folha de pagamento para aumentar a competitividade da empresa que pretende crescer e ganhar novos contratos em todo o Brasil.
O Sindaema repudia as demissões e discorda das justificativas apresentadas: Em Cachoeiro de Itapemirim os lucros da empresa são exorbitantes; o contrato tem previsão até 2049; a empresa tem somente 191 empregados, sendo na proporção 1 empregado para mais de 1000 habitantes; a folha de pagamento é enxuta; a concessão é plena (água e esgoto) e a equipe e o contrato são maduros e entregam excelentes resultados ao grupo econômico. Infelizmente a BRK quer fazer economia às custas do sustento das famílias dos empregados demitidos e sobrecarregando os que ficaram que vão acumular ainda mais atividades.
O diretor do Sindaema, Marinho, ressalta que esse processo é fruto das privatizações em todo o país e aponta que a tendência é só piorar devido ao novo marco regulatório do Saneamento aprovado em 2020: “O processo de privatização gera demissões, precarização das condições de trabalho e aumento de tarifa. Quem paga a conta são os trabalhadores e a sociedade. O Governo federal e o Congresso Nacional recém empossados precisam rever esse absurdo com urgência!”
“Hoje a empresa tem aproximadamente 6 mil empregados em todo o país, ou seja, às demissões devem chegar a 600 empregados. Não vamos nos calar, estamos trabalhando de forma unida com outros sindicatos em todo o Brasil e de forma local vamos buscar Vereadores, Prefeito, Deputados Estaduais e outras lideranças e entidades locais e não mediremos esforços para reverter as demissões em Cachoeiro”, afirma o Presidente.
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